“...Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo” Levítico 10.1-3
Ainda tratando da questão do Culto e apresentando nossa visão de que a adoração solene à Deus, deve obedecer rigorosamente sua determinação e que sob o período da graça, todos (adultos e crianças) devem adorar juntos ao Senhor. Tratemos agora da visão daqueles que defendem a realização de um culto específico para as crianças. Estes têm como principal argumento a questão pedagógica. Onde teríamos um ambiente mais preparado, com linguagem mais apropriada para a idade das crianças.
Frente a tal argumento apresentamos a importância da Escola Bíblica Dominical e de aproveitar a reunião semanal para dividirmos as crianças em faixa etária, para receberem instrução formal sobre os ensinos bíblicos; doutrinários; morais e missionários. Porém, o participar em unidade com os demais irmãos de todas as demais faixas etárias, além de manter vivo os princípios bíblicos e o respeito sobre o entendimento do culto, serve para reforçar o que foi aprendido na EBD e demais classes semanais.
Outro argumento que geralmente é apresentado refere-se à atenção das crianças e a probabilidade de as mesmas atrapalharem os adultos. Diante disso alegamos que a dificuldade real de que isto ocorra é verdadeira; mas serve para reforçar a responsabilidade dos pais na educação dos filhos para que os mesmos aprendam desde cedo a respeitar e a se manter atentos aos elementos do culto.
A real incapacidade dos pais modernos na educação dos filhos não pode servir de argumento para que a responsabilidade que é deles seja lançada sobre os educadores bíblicos ou sobre a própria igreja.
Aplicar o Culto Infantil nos moldes que a maioria das igrejas assume é reforçar a falência da autoridade familiar na educação dos filhos e a divisão tão existente entre pais e filhos. Sem falar que faz do culto infantil um serviço da instituição religiosa para que os adultos tenham um momento de “paz e tranquilidade”, preservados da possível indisciplina pueril.
Outro fator que o culto infantil acaba por ressaltar é o fato de desprezar a capacidade das nossas crianças em aprender valores sobre o culto e sobre os ensinos apresentado no mesmo. Sem falar que privando-as do culto em companhia da família e dos demais adultos perde-se a influência positiva que faria dinamizar seu aprendizado de como se portar no culto público solene.
Porém, não poderia deixar de dizer que manter o culto infantil, na visão de adulto, torna-se muito mais fácil do que: a) exigir dos pais uma postura educacional, b) exigir da igreja paciência e amor aos pequeninos; e/ou ainda, c) ter de confrontar a estultícia inata nas crianças.
Certo que o caminho mais estreito, apesar de mais árduo continua sendo o melhor, mantenho minha esperança em ver uma igreja onde os pais estão cônscios da responsabilidade, sendo modelos para seus próprios filhos; os irmãos sustentam e auxiliam inclusive os pequeninos; e, as crianças sejam ensinadas desde a mais tenra idade a portar-se com respeito, reverência e júbilo no culto ao nosso Deus e Pai.
Que o SENHOR nos abençoe!
Rev. Everton Matheus.